História

                      

Coberta por grandes matas que eram habitadas pelos índios Puris ou Coroados, a região onde hoje se localiza a cidade era desprezada e praticamente abandonada pela "Coroa", devido à inexistência de ouro e pedras preciosas. Chamada de "Sertões de Leste", até o final do século XVIII a área era conhecida apenas por tropeiros. Muitos paravam para descansar em locais que receberam o nome de "Ranchos do Além Paraíba".



A partir do aparecimento de ouro em Cantagalo/R] o ladrão Manoel Henriques (Mão-de­-Luva), e seu comparsa Padre Guimarães começaram a transportar o produto de seus roubos, escondidos pelo Rio Paraíba do Sul, para depois se embrenhar na atual região da Mata Mineira. Os acontecimentos despertaram a atenção das autoridades e em 1784 o então Governador da Província de Minas Gerais, Dom Luiz Carlos da Cunha Menezes, mandou o Sargento-Mor Pedro Manso Galvão de São Martinho para a região, com a finalidade de conhece- la melhor, prender o "Mão de Luva", e instalar um "Registro" (Posto Fiscal) com o objetivo de deter o contrabando do ouro. A expedição, da qual também fez parte o alferes Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes) partiu de São Manoel do Rio Pomba (hoje Rio Pomba) e entre o final de maio e início de junho do mesmo ano foi instalado o registro, anexo a um cais de madeira para atracação das balsas que cruzanm o rio. O local recebeu o nome de "Porto do Cunha", em homenagem ao Governador.

                        Uma nova expedição foi realizada em 1786, por ordem da Corte de Lisboa, e desta vez Pedro Afonso Galvão de São Martinho conseguiu prender o "Mão-de-Iuva", depois de arrasar o Arraial do "Descoberto dc, -"facacú", na atual região serrana do estado do Rio.
Em torno do "Porto do Cunha" surgiu um povoado, cujas primeiras casas foram erguidas junto ao ancoradouro, para abrigar os viajantes, e eram construídas de sapé e pau-a-pique. Com o passar do tempo, outro ancoradouro foi construído, sendo chamado de "Porto Novo do Cunha", enquanto o antigo passava a ser denominado de Porto Velho do Cunha".

                            O Ciclo do Café, que foi iniciado na região do alto Paraíba  das serras fluminenses, ajudou a promover e acelerar o povoamento, principalmente entre os anos de 1820 e 1890.
Criado em 1880, o município foi elevado à cidade em 1883. Até 27 de abril de 1854 o povoado integrava o municí­pio de Mar de Hespanha, do qual foi separado, pas­sando a pertencer a Leopoldina, com o nome de "São José do Além Parahyba". Em 25 de agosto de 1864 passou novamente a pertencer à Freguesia de Mar de Hespanha.

                    Em 30 de novembro de 1880, foi criado o mu­nicípio de São José de Além Parahyba, na categoria de Vila, através da Lei Estadual nº 2.678. No entan­to, devido a várias dificuldades, este só foi instalado em 22 de janeiro de 1882, e o presidente da Câma­ra, Coronel Joaquim Luiz de Souza Breves foi empossando como o primeiro prefeito, tendo corno vice Manoel Luiz Vieira. Finalmente no dia 28 de setembro de 1883 foi sancionada a Lei nº 3100, que desligou o município de Mar de Espanha, elevando­-o à categoria de cidade. O nome Além Parahyba foi denominado pela Lei estadual na 843, de 07 de se­tembro de 1923, devido ao fato de haver no interior de São Paulo urna cidade com o mesmo nome (hoje São José dos Campos). Passou para Além Paraíba, depois de uma reforma ortográfica.
Dois anos antes da criação da cidade, em abril de 1881, o Imperador Dom Pedro II esteve em Além Paraíba, de passagem a caminho de Leopoldina. Acompanhado da Imperatriz e de urna numerosa comitiva, ele teria se impressionado com o pro­gresso de São José D'Além Parahyba, pernoitando na fazenda do Barão de São Geraldo.

                      Em 1891 o município subdividia-se em sete distritos, incluindo São José (a cidade), An­gustura, Volta Grande, Água Limpa, Estrela Dalva, Santana de Pirapetinga e São Sebastião da Estrela. Assim permaneceu até 1938, quando o Decreto Es­tadual na 148 anexou o distrito de Aventureiro (des­ligado de Mar de Espanha), e retirou o Pirapetinga (elevando-o a município), além de Volta Grande, Estrela Dalva, Água Limpa e São Luiz, para formar no município de Volta Grande. Por fim, a Lei Esta­dual na 2.764, de 30 de dezembro de 1962, criou o município de Santo Antônio do Aventureiro, sepa­rando mais um distrito de Além Paraíba. Antes da emancipação o distrito de São José D'Além Paraíba pertenceu sucessi­vamente aos municípios de Barbacena, Rio Pomba, São João Nepomuceno, Mar de Espanha, Leopoldina e outra vez Mar de Espanha.

 Fonte: Revista “Além Paraíba Cidade Especial” Ano I nº 3 – 2002)


A  Emancipação do Município

             A emancipação política e administrativa veio pela lei estadual, MG, nº 2.678 de 30 de novembro de 1880, criando o Município de São José de Além Paraíba, constituído dos Distritos de Santana do Pirapetinga (hoje Pirapetinga) e parte do território de Madre de Deus do Angu (hoje Angustura), desligados de Leopoldina.

              Ouro muito pouco. Não cobria as despesas de exploração. Desfez-se o mito do novo “Eldorado”, mas estavam afinal, mais ou menos conhecidos os “Sertões do Leste” e a sua ocupação veio quase que imediatamente.

            Com poucos anos as picadas abertas, passaram a caminhos de Tropas de Burros, estabelecendo um trânsito regular de viajantes e animais de carga vindos de Sapucaia, em demanda a Cantagalo, RJ.(Estrada de Cantagalo), interior de Minas e vice-versa.

            Devido a inúmeras dificuldades o Município só foi instalado a 22 de janeiro de 1882, e empossada a Câmara Municipal eleito Presidente da Câmara, e Agente do Executivo, o Coronel Joaquim Luiz de Souza Breves e Vice Presidente Manoel Luiz Vieira a 28 de setembro de 1883, a lei estadual, MG. Nº 3.100 levou a Vila de São José D’Além Paraíba a categoria de CIDADE.

           Em 1891, o Município subdividia-se nos distritos de: São José (a cidade); Agustura; Volta Grande; Água Limpa (hoje Água Viva); Estrela Dalva; Santana de Pirapetinga; São Sebastião da Estrela, com total de sete distritos, assim permanecendo até 1938.

          O decreto estadual MG. Nº 148, de 17/06/1938, anexou o distrito de Aventureiro à Além Paraíba, desmembrando-o de Mar de Espanha e retirou-lhe o distrito de Pirapetinga para se constituir em município, e os de Volta Grande, Estrela Dalva, Água Viva e São Luiz para compor o novo município de Volta Grande.

Por último a lei estadual MG. Nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, criou entre outros, o município de Santo Antônio do Aventureiro, composto do distrito de Aventureiro, separando-o do nosso.
            No Judiciário, a Comarca de Além Paraíba tem varas Judiciais, 1 vara Eleitoral e sua jurisdição engloba os Municípios de Além Paraíba, Volta Grande e Santo Antônio do Aventureiro.

          A lei estadual MG. Nº 843, de 07/09/1923, estabeleceu a atual denominação de ALÉM PARAÍBA.

Para saber mas sobre a história do município de Além Paraíba, basta entrar no blog do historiador Mauro Luiz Senra Fernandes, alemparaibahistoria.blogspot.com


 
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