Perigos da Automedicação


Cuide melhor da sua saúde. Evite o uso indiscriminado de medicamentos.

O uso inadequado de medicamentos pode levar desde a uma reação alérgica leve até a um quadro grave de intoxicação, além de mascarar alguns sintomas de uma doença mais grave, atrasando o diagnóstico e comprometendo o tratamento.

Segundo revisão dos dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Intoxicações Tóxico-Farmacológicas – SINITOX, da Fundação Oswaldo Cruz, no ano de 2010 foram registrados mais de 120.000 casos de intoxicação humana com 500 óbitos. Desses, 34.582 foram devidos à intoxicação por medicamentos gerando 106 óbitos. O documento não deixa claro quantos desses acidentes são devidos à automedicação. Deve ser levado em consideração também que muitos casos não chegam ao conhecimento dos órgãos encarregados das estatísticas. São os casos de subnotificação.

O acompanhamento médico é fundamental na hora de usar um medicamento, mesmo este sendo vendido sem obrigatoriedade de uma prescrição médica. O médico é a única pessoa com as condições adequadas para avaliar as necessidades de um paciente, seu histórico de saúde, possíveis interações medicamentosas e possibilidades de alergias, prescrevendo de forma adequada um tratamento.
Por isso, a população deve estar atenta aos perigos do uso indiscriminado de medicamentos:

    A automedicação pode levar a erros de diagnósticos, à escolha de uma uma terapia inadequada e pode retardar o reconhecimento de uma doença, com a possibilidade de agravá-la.
    Os medicamentos que já foram anteriormente prescritos podem não ser mais efetivos para uma reincidência da doença. A não ser que o médico já tenha orientado desta forma.
    Sintomas iguais podem ter causas diferentes. Os sintomas são apenas um dos indicativos de problemas de saúde. Antes da prescrição, a consulta médica, o exame clínico e a realização de exames complementares são fundamentais.
•    Interações medicamentosas podem ter consequências graves para a saúde. O médico tem competência para avaliar que tipos de medicamentos podem ser tomados em conjunto.
•    Os médicos devem ser cautelosos ao fazer suas prescrições, usando letras legíveis ou prescrições impressas, além de orientar sobre o uso correto e os cuidados quanto à substituição dos medicamentos prescritos.

Cada um deve fazer a sua parte para evitar as complicações do uso indiscriminado de medicamentos.
O uso indiscriminado de medicamentos é motivo de preocupação para as autoridades de vários países. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%. Para alertar a população sobre os riscos da automedicação, a Política de Medicamentos do Ministério da Saúde procura conscientizar os brasileiros sobre a utilização racional desses produtos.

As crianças têm o maior risco potencial de intoxicação por uso indiscriminado de medicamentos.
Os menores podem confundir comprimidos com balinhas, e xaropes com sucos, por exemplo.

As interações medicamentosas (combinação de medicamentos) são outro perigo para o organismo.  Um remédio pode anular o outro ou potencializar um efeito colateral.

Para disseminar o uso racional de medicamentos, a Anvisa, em parceria com a Federação de Nacional de Médicos e a Federação Nacional de Farmacêuticos, promove discussões sobre a influência da propaganda desses produtos nos profissionais de saúde e na população em geral, o que pode levar ao uso incorreto. Os debates servem para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária planeje ações para difundir a importância do uso racional entre as categorias profissionais e a sociedade.


Cuidados com o uso de medicamentos:               

Quando você achar que tem algum problema de saúde, procure um médico.

Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias. Não confunda o balconista da farmácia com o farmacêutico.

Na consulta, informe ao médico se você já utiliza algum medicamento e se faz uso freqüente de bebidas alcoólicas.

No momento de adquirir medicamentos de venda livre, produtos considerados de baixo risco para tratar males menores e recorrentes, como dor de cabeça, procure orientações do farmacêutico. Esse profissional também tem um importante papel para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Ele deve notificar às autoridades de saúde sobre a ocorrência de qualquer efeito adverso não esperado pelo uso de medicamentos.

 
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